A colposcopia consiste numa observação directa da superfície do colo do útero, da vagina e vulva utilizando um colposcópio, que é um aparelho que inclui uma fonte de luz e uma lente binocular exterior, que permite obter imagens ampliadas. Se houver uma câmara acoplada, as imagens são transmitidas para um monitor, e assim torna-se possível acompanhar o exame através deste. A colposcopia é realizada com a paciente deitada em decúbito dorsal, com as pernas flectidas. Durante a colposcopia são aplicadas soluções líquidas para ajudar a identificação de alterações das células; ocasionalmente estas substâncias podem causar um ligeiro ardor que no entanto é passageiro. Durante o exame podem ser colhidos fragmentos de tecido (biopsias), procedimento quase sempre indolor e bem tolerado, descrito como uma rápida picada. Nalguns casos e após o diagnóstico de certas condições, pode proceder-se ao seu tratamento, no mesmo espaço físico, através de vários meios químicos ou físicos. Estes tratamentos incluem a aplicação tópica de solutos ou o recurso á electrocoagulação, criocoagulação ou laser.

 
Nos 3 a 5 dias seguintes ao exame pode ocorrer uma hemorragia ligeira acompanhada pela eliminação de resíduos das substâncias aplicadas, pelo que se aconselha a utilização de um penso higiénico.

 
A colposcopia é um exame adjuvante muito importante no rastreio e prevenção do cancro do colo uterino. As principais indicações para realização de uma colposcopia são:
 

• Colpocitologia anómala
• Teste de HPV positivo
• Lesão visível do colo uterino, vagina ou vulva
• Hemorragia vaginal não explicada
• Coitorragias (perda de sangue durante ou após relações sexuais)
• Como complemento de um exame ginecológico

 
A colposcopia pode ser realizada durante a gravidez sem qualquer risco quer para a mãe quer para o feto. No entanto, só em circunstâncias excepcionais é que se realizam biopsias ou tratamentos nas grávidas.